sábado, 2 de outubro de 2010

O que será do Brasil...?


O que será do Brasil...?


Mais uma eleição onde escolhemos aqueles que irão nos “representar”, nos respectivos cargos que em tese teria a responsabilidade de organizar, administrar e direcionar com imparcialidades os recursos que vem da sociedade através de impostos e outras cobranças. Diante disso vale a nossa análise e fiscalização para que tenhamos melhorias na história do nosso país que desde a muito tem passado por diferentes situações políticas, vivendo agora um momento onde deveria prevalecer a democracia, no entanto, vemos que por ser muito recente essa opção de governabilidade percebemos que falta interesse tanto por parte dos que estão diretamente no poder como os que são alvos desse poder.
O dia-a dia das pessoas parece seguir sem nenhuma alteração. As famílias seguem com o objetivo habitual de administrar seus lares: desde a compatibilidade dos salários as despesas da família, além de impostos e outras responsabilidades que não podem ser atrasadas. No comércio a luta dos pequenos empreendimentos para vender e assim outros setores que vão produzindo, consumindo, construindo, etc. Cada um procurando manter em ordem as suas contas e deveres. Será que a política também não precisa ser mais rígida com aqueles que querem estar a frente dessa tão grande missão que é administrar um país, um Estado ou município?.
A sociedade brasileira, que possui uma bela cultura, recursos naturais, riquezas que o tornariam uma das melhores nações pra si viver, no entanto, tem estado muito decepcionada como a maneira que estão tratando a política, direto temos acompanhado nos meios de comunicação as denuncias de : corrupções, nepotismo, superfaturamento de obras públicas, desvio de dinheiro e além do mais a impunidade dos políticos de alto escalão. São essas coisas que envergonham nossa sociedade, que ainda não é capaz de levar a sério e lutar pelos direitos do coletivo e fazer com que esses que abusam do poder possam receber a mesma punição que um indivíduo que é receptado roubando.
È triste ver que a esperança de uma grande parte dos brasileiros em relação a política é mínima, expondo que “ não é possível mudar a situação política”, “ todo político é igual”, “não vale a pena votar”. Essa maneira de pensar de muitos brasileiros tem feito com que muitos que não entendem nada de política possam estar no poder e aproveitar da situação e usar esse poder para seu proveito pessoal, seja colocando parentes, usufruindo das regalias que foram concedidas com o passar dos anos no Brasil a esses que governam o país.
O nosso Brasil é bem novo em história, no entanto, já ocorreram bastantes mudanças nas formas de governar, passando por diversos sistemas políticos: Monarquia, Ditadura, Parlamentarismo e República, são modificações que no decorrer da sua utilização permitindo excelentes avanços e acreditamos que por ser recente essa nossa maneira de governar é possível termos uma política mais séria que leve em conta os interesses que sejam para o bem do coletivo das pessoas que habitam nesse país.
Já tivemos bastante avanços no que se refere a maneira de regulamentar e fiscalizar os processos eleitorais e a ação dos políticos nos seus mandatos, no entanto a população precisa ser mais ativa, não se deixando influenciar por favores pessoais que fazem enfraquecer a nossa democracia. Além do mais é preciso observar bem os candidatos que se propõe a governar, para que não continuem certas políticas que favorecem só uma camada da população em detrimento da outra e isso fiscalizando o que proporam durante a campanha eleitoral se realmente irão cumprir e o que mais é necessário para o bem da nação ou Estado.
Uma parte da sociedade brasileira tem se mobilizado para ser mais atuante no processo eleitoral e assim combater essas situações que atrapalham a democracia, sendo assim é importante que nós deixemos de lado a apatia e omissão e comecemos a observar como se passa a situação política do nosso país que diga-se , faz parte do nosso dia-a-dia pois as decisões que são tomadas pelos políticos influem na nossa vida.

* Sandro Ambrósio Alves, Professor de História da rede Estadual de Ensino em Rondonópolis-MT e membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus.

MULHER: “descansa carregando pedras”


MULHER: “descansa carregando pedras”



“Ser mulher, é trazer nas entranhas a força da vida, é não se entregar, nem se dar por vencida, é vencer obstáculos e ganhar novas conquistas”. (Eleusa Ribeiro)

Uma “explosão” de atividades para se realizar no dia-a-dia, esse é o início da largada da corrida na vida da mulher. Acorda de manhã, corre para fazer o café, arrumar o filho para ir à escola, preparar a roupa do esposo, isso em poucas horas, quase uma loucura... Imaginem o restante do dia tantos afazeres.

As mulheres sempre tiveram uma função primordial na sociedade, elas foram as primeiras a utilizar a terra para plantação, pois enquanto os homens cuidavam da caça e dos animais, elas ficavam em casa, e como “não param”, descobriram que uma semente quando caia na terra, nascia, crescia e produzia, então passou a cultivar no solo.

É caro leitor, ao longo da história vemos que as mulheres foram de grande importância às mudanças ocorridas no decorrer do tempo, só pra citar um exemplo temos a história de Joana d’Arc, que lutou por um ideal revolucionário na França e ainda a luta das mulheres operárias em Nova York, após o incêndio em 1911 em uma grande indústria têxtil, a Triangle Schirwaist Company, onde o patrão, como era comum na época, trancou a porta de saída a chave, o que num andar alto e num ambiente sem ventilação e com materiais inflamáveis tornou-se fatal, ceifando a vida de 147 operárias.Isso dando origem às primeiras leis de proteção à vida e aos direitos das trabalhadoras.

E esse foi um dos acontecimentos que continuou movendo muitas outras mulheres a mostrar que não permaneceria sendo subjugadas pelo machismo que tanto a história como a sociedade havia imposto e infelizmente ainda impõe. Já em 1910, Clara Zetkin, socialista alemã, propôs que o dia da mulher se tornasse “uma jornada especial uma comemoração anual de mulheres”. Ela sugeria que o tema principal fosse a conquista do direito ao voto. Essas e muitas outras lutas levaram a criação do Dia Internacional da Mulher.

Então para se comemorar esse dia devemos nos remeter a todo um período de lutas no inicio do século XX, por melhores condições de trabalho, diminuição da jornada de trabalho, por direito à educação e ao voto feminino. E não só neste período, mas ao longo de sua existência procurou lutar pelos seus ideais. Isso nos dá a oportunidade de fazermos um balanço dos progressos e conquistas a respeito do lugar ocupado pelas mulheres e dos obstáculos à sua cidadania e levar o conjunto da sociedade e governo a refletirem sobre as formas de enfrentar as desigualdades de gênero e elaborarem políticas públicas anti-discriminatórias.

Além da complexidade física e emocional que as mulheres possuem como trabalhadoras, são também provedoras que exercem múltiplos papéis na família: esposa, mãe, cozinheira, jardineira, motorista, enfermeira, psiquiatra, médica, lavadora de louça, coletora de lixo, etc. Dependendo da profissão que escolhem, a discriminação contra a mulher tem se mostrado muito forte, como tem sido constatado em numerosos estudos e pesquisas. Em geral, essa discriminação não é explícita, o que torna mais difícil para as mulheres identificá-la e reagir a ela. Invariavelmente a discriminação parte dos homens, normalmente, dos colegas de profissão que estão no mesmo nível. Uma das causas é o receio de que a colega venha a competir com eles por melhores posições na empresa. A minimização desse problema começa primeiro, pela conscientização de que ele existe. É muito comum as mulheres não se darem conta do processo de discriminação e reagirem trabalhando mais e mais, o que, por sua vez, alimentará a resistência dos colegas. Estão aí os ingredientes para o, atualmente, tão discutido assédio moral no trabalho.

Portanto, o que temos já comprovado é aquele velho ditado “descansa carregando pedras” que parece ter sido feito pra elas. Trabalhando dentro ou fora de casa a mulher dificilmente se livra da carga das tarefas domésticas, mesmo que não se envolva pessoalmente.

Enfim, aqui ficam minhas sinceras homenagens a todas as mulheres do mundo. Seja qual for a sua função na sociedade, pois sabemos que elas contribuem muito para o progresso da humanidade.





Sandro Ambrósio Alves, Graduado em História pela UFMT-CUR (Campus Universitário de Rondonópolis) e membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus de Rondonópolis.

TROPA DE ELITE: QUESTÃO SOCIAL


TROPA DE ELITE: QUESTÃO SOCIAL

Para ser qualificada de grande, uma obra de arte precisa estabelecer conexões profundas com as pessoas. Ao analisar o papel das tragédias teatrais, por exemplo, o filósofo grego Aristóteles concluiu que elas acabavam por purificar os espectadores quando lhes causavam sentimentos de terror e compaixão. Isso porque, depois de experimentá-los, as pessoas sairiam aliviadas, purgadas dos próprios pesadelos. Aristóteles chamou a isso catarse. O tipo de conexão proporcionado pelo filme Tropa de Elite, do diretor José Padilha, é de outra ordem. Trata-se de um grande filme justamente pelo contrário: ele não concede válvulas de escape ao retratar como a criminalidade degradou o país de alto a baixo. O pesadelo real ganha ainda mais nitidez. A sociedade brasileira, pelo jeito, ansiava por esse tapa na cara dado pelo capitão Nascimento, o policial interpretado magistralmente por Wagner Moura.

Lançado há pouco tempo, o filme Tropa de Elite, dizem os dados estatísticos ser o mais visto e comentado da história do cinema brasileiro, entende-se que a população brasileira se importa com as questões que existe na sociedade e quer mudanças na sua estrutura. Gírias policiais reproduzidas no filme e trechos de diálogos entre os personagens – como "pegou geral" e "01 pede pra sair" – tornaram-se bordões repetidos nas mais diversas situações. O assunto da obra do diretor José Padilha é a guerra diuturna que a polícia carioca move contra os traficantes de drogas encastelados nos morros favelizados da cidade. Mais especificamente o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), a tropa de elite do título. O tráfico de drogas, o nervo mais exposto de um país em desordem e refém do medo, é tema comum na cinematografia nacional recente. A diferença é que esse filme o aborda pondo os pingos nos is. Bandidos são bandidos, e não "vítimas da questão social". Há policiais corruptos, mas também muitos que são honestos. Se existem traficantes de cocaína e maconha, é porque há milhares de consumidores que os bancam. Muitos desses consumidores, aliás, são aqueles mesmos que fazem "passeatas pela paz" e compactuam com a bandidagem para abrir ONGs em favelas. Por último, a brutalidade de alguns policiais pode ser explicada pelo grau de penúria e abandono que o estado lhes reserva.

Ditas de maneira tão simples, essas verdades parecem de uma obviedade ululante. E são. Mas o Brasil, infelizmente, é um país de idéias fora do lugar por causa da afecção ideológica esquerdista que inverte papéis, transformando criminosos em mocinhos e mocinhos em criminosos. Aqui, a "questão social", é justificativa para roubos, assassinatos e toda sorte de crime e contravenção – mesmo quando praticados por quadrilhas especializadas, compostas por integrantes que nada têm de coitadinhos.

A sociedade está alienada a um "submundo" de fantasias, mudanças e máscaras. Os noticiários mostram uma pequena parte da realidade de viver neste mundo. Mas o problema-foco não é mostrado. A verdadeira cara do cidadão brasileiro, suas necessidades, seus cotestamentos, sua indignação. Pelo contrário, esfregam na cara do povo, através do sistema político, que quem está no poder pode agir contra as leis, até um crime bárbaro, mas não recebem punições. Enquanto um “ladrão de galinha” é preso e condenado a anos de prisão.

Este filme, que já gerou e ainda gera críticas, mostra nada mais nada menos, do que a realidade nua e crua do cotidiano suburbano, ou periférico. E com certeza virão grandes nomes da defensoria da pátria dizer que há sensacionalismo e exagero aos fatos expostos no filme. Sensacionalistas são eles, que aconselham a sociedade relaxar mediante tamanho descaso com a vida do ser humano. Creio eu que está mais do que na hora de exibir a todos os brasileiros a verdade sobre o nosso país, o que acontece nas periferias enquanto estamos dormindo em casa. É muito fácil colocar a culpa na polícia, e deixar o tráfico tomar conta de tudo e de todos.

Talvez mostre para as pessoas, que não a conhecem o fato de como é a vida cotidiana de um policial do BOPE, que são "heróis" não reconhecidos pela sociedade, mas o grande aprendizado do filme é mostrar que todos somos vitimas do sistema que o Brasil cultivou. O que realmente o nosso governo está tentando resgatar mas isso levará vários anos é a Educação. Hipocrisia ou não o Brasil é isso mesmo com globo ou sem ela acabamos ligando a televisão e nos corrompendo por ela.

Cabe a cada um de nós sermos mais ativos na política e agirmos de forma a modificar algumas leis que vêem a beneficiar pessoas que são a minoria na sociedade, enquanto que o restante vive a mercê, na dependência sofrendo as conseqüências. Sei que um filme, talvez não irá demonstrar todos os “podres” da sociedade e nem ao menos resolver, mais que sirva de reflexão para a nossa sociedade brasileira, tão acomodada e entregue, sem opinião própria.....

*Sandro Ambrósio Alves, Graduado em História pela UFMT-CUR (Campos Universitário de Rondonópolis) e membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus

“CADÊ A ÀFRICA?”


“CADÊ A ÀFRICA?”



Ao falarmos de África, logo nos vem à idéia de um país, lugar de miséria, escravidão, etc, ou seja, só vemos adjetivos pejorativos. No entanto o que muita gente desconhece é que a África é um continente, onde temos riquezas salutares e que além do mais se tornou de primordial importância para história do Brasil.

Quando ouvimos termos como, Iorubás, haussás, bornos, baribas, podem soar estranhos aos nossos ouvidos e até sem relevância, mas estão altamente ligados a história brasileira. Na África elas são sinônimos de diferenças: cada uma delas designa um povo com língua e costumes diferentes. Povos que, durante o período de escravidão, deixaram forçosamente o continente africano para fincar raízes em solo brasileiro. "Povos diversos que foram se formando ao longo de milhares de anos. Múltiplos povos com culturas diferentes", explica o pesquisador Valdemir Zamparoni. Então percebe-se que são pessoas que de algum modo, contribuíram fortemente para moldar o país como o conhecemos atualmente.

Com a escravização, milhares de negros das mais variadas culturas acabaram se misturando e tiveram de conviver juntos, criando laços de comunicação e de socialização. A historiadora Marina de Mello e Souza, em seu artigo "Destino impresso na cor da pele", relata que "ao serem arrancados de suas aldeias e transportados pelo continente africano rumo às feiras regionais e aos portos costeiros, os escravos de diferentes etnias misturaram-se, aprenderam a se comunicar, criaram novos laços de sociabilidade que se consolidaram durante os horrores da travessia atlântica, e se institucionalizaram no seio da sociedade escravista colonial, à qual foram inseridos à força, acabando por encontrar formas de integração".

É de saber-se que milhares de negros vindos de várias partes da África aportaram em terras brasileiras - principalmente na Bahia e o maior número desses escravos pertencia a grupos do tronco lingüístico banto da África Centro-Ocidental, que inclui as regiões do Congo, Angola e Moçambique.

Se tanto no Brasil como em cada Estado africano percebemos diferenças culturais, porque muitos vêem a cultura africana como homogênea e têm a visão de uma só África e lugar de pobreza? Parte dessa visão equivocada é decorrente do próprio sistema educacional brasileiro, que ainda está engatinhando sobre os estudos sobre a África e os escravos que vieram para o Brasil. "Esse processo de exclusão da história africana da cultura nacional faz parte das políticas de desigualdades de classes produzidas pelo escravismo e pelo capitalismo racista", explica o pesquisador Cunha, em seu artigo "A inclusão da história africana no tempo dos parâmetros curriculares nacionais".

No entanto ao estudarmos mais afundo sobre a história da África, percebemos que há uma diversidade cultural muito grande e que neste continente desenvolveram-se diferentes povos com características diversas, e religiões diferentes também tiveram espaço na África, como é o caso do islamismo, cristianismo e as religiões tribais. Além disso, notamos as riquezas minerais do continente como o petróleo (achado por toda a costa e região marítima, igual o que acontece no Brasil), diamantes e ouro localizados por todo o continente Africano, podemos encontrar também desertos, grandes lagos, florestas tropicais e até rios que tornam muito férteis as suas margens, como é o caso do Nilo.

Em extensão, a África é o terceiro continente do mundo. Conforme as pesquisas mais atuais, ali surgiu a vida humana. Encontraram-se neste continente vestígios de presença humana que remontam a mais de um milhão de anos. Algumas culturas e religiões africanas, cujas tradições geraram cultos afro-brasileiros, nasceram há cinco mil anos e até hoje, orientam a vida de muitas pessoas e comunidades. No entanto, apesar de toda esta riqueza histórica e cultural, a África continua vítima de uma relação internacional iníqua.

Enfim, vale salientar que foram poucas as políticas de reparação após a Abolição da Escravatura, quanto ao escravo africano e após, ao afro-descendente, dentre elas quero citar aqui a lei 10.639/2003, que foi alterada para lei 11.645 de 10 de Março de 2008 que implanta nos currículos escolares a obrigatoriedade do estudo da história e cultura afro-brasileira e indígena. Podemos creditar isso como avanço, é lógico que ainda nota-se no Brasil muitas diferenças sociais de cunho econômico e político, mas é preciso entender que é necessário continuar as lutas para que se reconheça a importância desse continente tão desprezado e que faz parte da história do Brasil. Como a história que foi nos repassada nas escolas retratam com grande ênfase os feitos europeus, ai vai à pergunta, cadê a África, nessa história?...



* Sandro Ambrósio Alves, Professor de História da rede Estadual de Ensino em Rondonópolis-MT e membro da Igreja Evangélica Assembléia de Deus.

POESIA: CONSCIÊNCIA NEGRA


CONSCIÊNCIA NEGRA



Surgiu a consciência negra

Com uma única finalidade

Acabar com o preconceito

Presente na humanidade

Onde negros possam ter

Seus direitos com igualdade



Que a consciência negra

Prevaleça eternamente

Que as pessoas de cor negra

Possam viver livremente

Sem serem discriminadas

Por pessoas despreparadas

Sem nenhuma informação

Pois o preconceito é crime

Portanto não discrimine

Se não quiser ir para prisão



Ser negro, não é ser lixo

Para ser tratado igual a bicho

Por indivíduos equivocados

Que se julgam inteligentes

Mas às vezes são incompetentes

Não passando de pobres coitados.



O preconceito racial

É um sentimento mesquinho

Por pessoas mal amadas

Sem afeto e sem carinho

É um peixe fora d’água

É uma ave sem ninho



O caráter de uma pessoa

Não está exposta na cor

Tanto o branco, quanto o negro

Todos têm o seu valor

Quem discrimina o próximo

É fraco, é sofredor



O negro precisa de paz

Não precisa de esmolas

Não deixa para o amanhã

O que pode fazer agora

Mostrar que sou persistente

Sou guerreira, sou valente

Quero que os brancos entendam

Negros também são gente.



O mundo pertence a todos

Não existe restrição

Porque tanto preconceito

Entre uma mesma nação?

Se perante as leis de Deus

Nós somos todos irmãos.




*Maria Benedita( aluna do 3ºano A da Escola Francisca Barros de Carvalho, sob orientação do Professor Sandro Ambrósio Alves - História)

POESIA : ZUMBI DOS PALMARES


ZUMBI DOS PALMARES




Zumbi, o Rei dos Palmares,

Desta forma ficou conhecido

Por formar um grande quilombo

Com escravos fugitivos

Que para sobreviverem

Ficaram sempre escondidos.



Os negros eram da África

Trazidos em navios negreiros

Aqui eles eram vendidos

E presos em cativeiros

Pelos senhores de engenho

Tornavam-se prisioneiros



Zumbi lutou bravamente

Para libertar sua gente

Da penosa escravidão

Na qual eram submetidos

Há vários tipos de castigo

Sem nenhuma compaixão



Dentro da mata fechada

Zumbi fez sua morada

Longe da civilização

Por causa do preconceito

Ele não tinha o direito

De expor sua opinião



Assim terminou a vida

De um bravo, herói brasileiro

Que foi atraído para morte

Por um de seus companheiros

Levando ao seu encontro

Um bandeirante traiçoeiro.


*Maria Benedita( aluna do 3ºano A da Escola Francisca Barros de Carvalho, sob orientação do Professor Sandro Ambrósio Alves - História)

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tolerância: o deus da atualidade


| Tolerância: o deus da atualidade

Estamos vivendo em uma sociedade onde os valores sociais que velam pela vida e moral têm sido constantemente abalados. A cada dia que passa surge um fato que contribui ainda mais para a nossa certeza de que o mundo está virado. Ele está de cabeça para baixo, está tudo ao inverso. Os fundamentos estão transtornados, percebe-se isso através de algumas leis que são aprovadas pelos políticos que a própria sociedade elege e também alguns conceitos que são diariamente propagados pelos meios de comunicação, por intermédio de novelas, filmes, artigos jornalísticos.
É interessante, caro leitor, visualizarmos dentro desse emaranhando de acontecimentos diversas questões que são difundidas e muitos nem sequer dão se ao trabalho de entendê-las e discuti-las, como é o caso do aborto, da eutanásia e homossexualidade, etc.
Há numerosas evidências demonstrando que grupos bem financiados estão lutando para ampliar as leis de aborto no Brasil. Como sempre, eles se utilizam de casos complicados, manipulando-os de tal forma que o público é levado a apoiar o aborto em determinadas situações. É o que está acontecendo no debate sobre os bebês anencefálicos, crianças que nascem sem cérebro, mas não sem alma ou espírito. Não é de estranhar que pessoas do mundo queiram a morte e destruição dessas crianças. O mundo está fazendo e apoiando muitas coisas estranhas, desde a queda de Adão.
Os grupos pró-aborto, velhos aliados da causa da eutanásia, sempre agiram de maneira ardilosa. Em seus argumentos a favor da legalização do aborto, eles usam os casos raros e excepcionais para ganhar a simpatia do público e dos legisladores. Não será legalizando o aborto que vai se acabar com o aborto clandestino e nem com a morte de gestantes e seus filhos. Nos países em que o aborto foi legalizado, continuam os abortos clandestinos por vários motivos: gravidez resultante de adultérios, gestantes adolescentes que desejam esconder a gravidez e o aborto de seus pais, etc.
Os que lutam contra essas mazelas sociais são taxados de intolerantes. Intolerância: uma simples e pequena palavra. Segundo a classe dos “intelectuais” essa palavra é o motivo das guerras entre os povos, a razão dos embates religiosos, a fonte dos preconceitos raciais e sociais, e, por fim, o caos da humanidade. Será que lutar contra essas injustiças é ser intolerante? É possível que alguém seja completamente tolerante?
Recorrendo ao dicionário, descobri que tolerância significa suportar com paciência; agüentar; permitir; conformar; consentir; transigir ou deixar que aconteça. Intolerante, destarte, é todo aquele que não se conforma; não consente com os posicionamentos contrários.
Segundo, Erwin Lutzer, o novo deus da atualidade chama-se TOLERÂNCIA. “Este novo deus é o nosso único absoluto, a única bandeira que é considerada merecedora de nossa honra. Este tipo de tolerância é usada como desculpa para o ceticismo perpétuo, para manter à distância qualquer compromisso com a religião (Deus); também é uma entrada para ficar vulnerável a aceitar as idéias mais bizarras. A pressão para aceitar essa ‘tolerância acrítica está crescendo ano após ano’. Eis que baseados na Bíblia Sagrada, nós os ‘cristãos’ comprometidos com o Deus a qual acreditamos, temos posicionamentos claros acerca das principais questões que envolvem a vida do ser humano: Quem somos? De onde viemos? E para onde vamos?”
É visto tanto pela ciência quanto pela bíblia que o ser humano é tão complexo na sua anatomia e no seu intelecto. Quando leio livro dos Salmos de número 139 e o verso 16, vejo que o salmista procura uma forma de expressar com palavras o quanto é importante a vida e o quanto o Criador a valoriza. “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas essas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem uma delas havia.”
Cabe a nós, seres humanos em particular, refletirmos sobre as decisões que tomamos e não nos deixarmos ser influenciados por outras pessoas, pois somos seres dotados de inteligência e livre arbítrio. Mas saibamos que tudo que plantamos isso também ceifaremos. E ainda que sejamos taxados de intolerantes, com as decisões que consideramos ser dignas de valor para a sobrevivência e para o bem viver de nossa espécie, possamos ser sinceros naquilo que defendemos e acreditamos.

(*) Sandro Ambrósio Alves é membro da Igreja Assembléia de Deus de Rondonópolis. Graduado em História pela UFMT Campus de Rondonópolis.