quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Tolerância: o deus da atualidade


| Tolerância: o deus da atualidade

Estamos vivendo em uma sociedade onde os valores sociais que velam pela vida e moral têm sido constantemente abalados. A cada dia que passa surge um fato que contribui ainda mais para a nossa certeza de que o mundo está virado. Ele está de cabeça para baixo, está tudo ao inverso. Os fundamentos estão transtornados, percebe-se isso através de algumas leis que são aprovadas pelos políticos que a própria sociedade elege e também alguns conceitos que são diariamente propagados pelos meios de comunicação, por intermédio de novelas, filmes, artigos jornalísticos.
É interessante, caro leitor, visualizarmos dentro desse emaranhando de acontecimentos diversas questões que são difundidas e muitos nem sequer dão se ao trabalho de entendê-las e discuti-las, como é o caso do aborto, da eutanásia e homossexualidade, etc.
Há numerosas evidências demonstrando que grupos bem financiados estão lutando para ampliar as leis de aborto no Brasil. Como sempre, eles se utilizam de casos complicados, manipulando-os de tal forma que o público é levado a apoiar o aborto em determinadas situações. É o que está acontecendo no debate sobre os bebês anencefálicos, crianças que nascem sem cérebro, mas não sem alma ou espírito. Não é de estranhar que pessoas do mundo queiram a morte e destruição dessas crianças. O mundo está fazendo e apoiando muitas coisas estranhas, desde a queda de Adão.
Os grupos pró-aborto, velhos aliados da causa da eutanásia, sempre agiram de maneira ardilosa. Em seus argumentos a favor da legalização do aborto, eles usam os casos raros e excepcionais para ganhar a simpatia do público e dos legisladores. Não será legalizando o aborto que vai se acabar com o aborto clandestino e nem com a morte de gestantes e seus filhos. Nos países em que o aborto foi legalizado, continuam os abortos clandestinos por vários motivos: gravidez resultante de adultérios, gestantes adolescentes que desejam esconder a gravidez e o aborto de seus pais, etc.
Os que lutam contra essas mazelas sociais são taxados de intolerantes. Intolerância: uma simples e pequena palavra. Segundo a classe dos “intelectuais” essa palavra é o motivo das guerras entre os povos, a razão dos embates religiosos, a fonte dos preconceitos raciais e sociais, e, por fim, o caos da humanidade. Será que lutar contra essas injustiças é ser intolerante? É possível que alguém seja completamente tolerante?
Recorrendo ao dicionário, descobri que tolerância significa suportar com paciência; agüentar; permitir; conformar; consentir; transigir ou deixar que aconteça. Intolerante, destarte, é todo aquele que não se conforma; não consente com os posicionamentos contrários.
Segundo, Erwin Lutzer, o novo deus da atualidade chama-se TOLERÂNCIA. “Este novo deus é o nosso único absoluto, a única bandeira que é considerada merecedora de nossa honra. Este tipo de tolerância é usada como desculpa para o ceticismo perpétuo, para manter à distância qualquer compromisso com a religião (Deus); também é uma entrada para ficar vulnerável a aceitar as idéias mais bizarras. A pressão para aceitar essa ‘tolerância acrítica está crescendo ano após ano’. Eis que baseados na Bíblia Sagrada, nós os ‘cristãos’ comprometidos com o Deus a qual acreditamos, temos posicionamentos claros acerca das principais questões que envolvem a vida do ser humano: Quem somos? De onde viemos? E para onde vamos?”
É visto tanto pela ciência quanto pela bíblia que o ser humano é tão complexo na sua anatomia e no seu intelecto. Quando leio livro dos Salmos de número 139 e o verso 16, vejo que o salmista procura uma forma de expressar com palavras o quanto é importante a vida e o quanto o Criador a valoriza. “Os teus olhos viram o meu corpo ainda informe, e no teu livro todas essas coisas foram escritas, as quais iam sendo dia a dia formadas, quando nem uma delas havia.”
Cabe a nós, seres humanos em particular, refletirmos sobre as decisões que tomamos e não nos deixarmos ser influenciados por outras pessoas, pois somos seres dotados de inteligência e livre arbítrio. Mas saibamos que tudo que plantamos isso também ceifaremos. E ainda que sejamos taxados de intolerantes, com as decisões que consideramos ser dignas de valor para a sobrevivência e para o bem viver de nossa espécie, possamos ser sinceros naquilo que defendemos e acreditamos.

(*) Sandro Ambrósio Alves é membro da Igreja Assembléia de Deus de Rondonópolis. Graduado em História pela UFMT Campus de Rondonópolis.

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